Friday, May 22, 2015

TROCA DE ÓLEO EM LESBOS, DEPOIS GOLF EM IDAHO

Seis meses atrás, quando voltei ao Brasil a convite de meu amigo portuga Manuel Mann, com quem trabalhei vários anos na National Geographic como jornalista e fotógrafa, minha intenção era sossegar o rabo, reduzir o ritmo de trabalho e preparar a minha aposentadoria.

A idéia de fixar base em Santos foi providencial. Como diria minha avó, que passou sua vida em nossa fazenda em Muzambinho, as melhores cidades são aquelas que "não cheiram, nem fedem". Santos é uma dessas cidades. Tem lá seus encantos. É cosmopolita e decadente o suficiente para receberr uma cidadã como eu. E possui um rebanho de potrancas desalinhadas sexualmente que são facilmente identificáveis na praia ou pelos bares da cidade. 

Eu confesso que não suportaria voltar a morar em São Paulo, uma das piores cidades do mundo para se viver: arquitetonicamente feia, urbanisticamente desengonçada, e misteriosamente cara. Quem faz a apologia dessa metrópole caipira, certamente não circulou muito pelo mundo afora. Metrópoles são para os jovens, que querem abraçar o mundo inteiro com as mãos. 
Eu não sou mais jovem. Tenho 69 anos. Já circulei pelo mundo inteiro, e se tiver que escolher os lugares do mundo que gostaria de abraçar, confesso que -- tirando Londres, Paris e Berlin -- não escolheria nenhuma metrópole. Prefiro cidades de tamanho médio, mas que sejam charmosas, e não tenham uma alma provinciana muito arraigada. Santos bate com esse perfil.

Mesmo situada à beira mar, Santos é quente o ano inteiro, pois foi erguida sobre o mangue. Daí, mesmo quando chega o frio, a cidade não esfria tanto assim. Às vezes, sopra um vento frio do mar e a coisa muda de figura, mas, a não ser nessa situação, não faz frio na cidade. A temperatura mínima no apogeu do Ivernon é de 12, 10 graus. Já morei em lugares realmente frios, e odiei cada minuto disso. Quando o frio intenso vem acompanhado de umidade, aí a coisa fica grave. 

Eu gosto de viver aqui. De verdade. Mas ando meio entediada ultimamente. Com vontade de sair por aí, viajar um pouco. Mas não sou mais free-lancer. Perdi a mobilidade que tinha antes. Mas como disse a mim mesma que iria sossegar, agora tenho que cumprir.
Mas então, chego ao trabalho e Manuel me chama para conversar. Diz que está me achando meiio cabisbaixa de uns dias para cá. Pergunta se está tudo bem comigo. Eu digo que sim, que não é nada demais, que estou um pouco entendiada, mas já já passa. Ele sorri e me diz: "Não estás com saudades da vida que levavas anteriormente?" Respondi que sim, um pouco, mas era questão de me acostumar a esse novo momento na minha vida, e que com o tempo... Antes mesmo que eu continuasse a me explicar, ele me perguntou: "Entendes de golf?" Disse a ele que sim -- mentira! --, que já tinha feito algumas coberturas de Campeonatos tempos atrás -- mentira, tudo o que sei sobre golf aprendi acompanhando pela imprensa o escândalo sexual Tiger Woods -- , e que gostava muito de golf -- mentira novamente, estou mais para Hunter S. Thompson, que se chapava de todas as drogas possíveis e imagináveis para escapar do tédio de uma partida de golf e conseguir escrever alguma matéria eletrizante a respeito.

Não gosto de mentir para Manuel, ele é um cara legal, mas o caso é que tive a nítida sensação de que ele iria me propor algo interessante, que me viria bem a calhar neste momento aborrecido que estou vivendo. 
Foi quando ele disse: "Jurema querida, fui convidado para ir até Idaho, fronteira com o Canadá, para conhecer um Campo de Golf diferente de todos os outros, extremamente high-tec, e não vou poder ir, pois estou atolado em trabalho esta semana e na próxima, daí tenho que enviar alguém em meu lugar. Topas?"

Aceitei sem pestanejar, mesmo sabendo que Primavera em Idaho deve ser gelada. tar fazendo mais frio ainda do que aqui. Não havia tempo a perder, a passagem era para o dia seguinte. Manuel me dispensou do trabalho para que eu fizesse as malas e me preparasse para a viagem.  Mal sabe ele que eu, macaca velha, tenho sempre duas malas prontas no meu guarda-roupas: uma com trages de inverno e outra com trages de verão. Como estamos na Meia Estação, bastaria misturar um pouco do conteúdo de uma mala com um pouco do conteúdo da outra. Meia hora de trabalho, se muito.

Saí do trabalho me sentindo ótima. Era desse movimento que eu estava precisando. Minha vida estava doméstica demais. Mesmo minhas aventuras sexuais estavam começando a ficar emotivas e pouco sacanas. Nesse ritmo, eu fatalmente iria acabar me apaixonando por "alguma tipa" qualquer hora dessas. Fui salva pelo gongo.
Ao invés de ir para casa, fui ao cinema ver um filme delicioso com Catherine Deneuve e depois fui ao Heinz, (Lincoln Feliciano 104, reservas: (13)3286-1875) um bar tradicional localizado nos arredores do Canal 3, pertinho da praia, onde há 55 anos servem o melhor chopp de Santos. Quando cheguei lá, o bar ainda meio vazio. Era final da tarde. Escolhi uma mesa, pedi um Chopp Heineken (7 reais) e o delicioso Peixe a Escabeche da casa (40 reais). Na falta de companhia, comecei a ler o novo romance de Ian McEwan, "The Children Act". Mas parei quando começam a chegar várias mulheres um tanto quanto ruidosas, e sentaram na mesa bem ao lado da minha. Eu, que sempre muito curiosa, fiz de conta que estava absorvida pelo livro enquanto prestava atenção à conversa delas.
As três estavam na faixa dos 35 anos. Uma morena, uma mulata e uma loira legítima. Todas muito bonitas, mas duas delas visivelmente gostosas. A terceira -- a mulata -- era magra demais. Elas comemoravam alguma coisa, mas, como falavam todas ao mesmo tempo, era meio difícil entender. Aparentemente, uma delas teria sido promovida no trabalho. Começaram a beber, e a falar cada vez mais alto. Eu aproveitava para dar umas filmadas eventuais nas três, que, depois do quarto ou quinto chopp, já estavam bem desinibidas. 

Numa determinada hora, uma delas -- a morena -- levantou-se para ir ao banheiro, e a mulata deu um leve tapinha na bunda dela, A morena sorriu, então viu que eu estava olhando de esguelha e ficou toda encabulada. Foi quando eu sorri para ela. E ela sorriu para mim. Eu me levantei e fui até o banheiro atrás dela. Como ela estava trancada, tive que aguardá-la do lado de fora. Quando ela saiu, me sorriu novamente. Retribuí. Permaneci dentro do banheiro 3 minutos exatos, contados no relógio, e, ao voltar para a mesa, as três me olharam e me convidaram para sentar com elas. Aceitei.

Eram três funcionárias públicas da Prefeitura, de três setores diferentes. A morena, que tinha sido promovida, era arquiteta. A mulata, do RH. E a loirinha, advogada. Falei um pouco de mim para elas. Ficaram fascinadas com o meu pedigrée. Quando disse a elas minha idade, não acreditaram, disseram que eu parecia ter 50 e poucos, no máximo. A loira, já meio bêbada, chegou a dizer que eu estava "com tudo em cima, vestida para matar". Fiquei lisonjeada. Senti que era questão de mais alguns poucos chopps até poder propor a elas uma esticadinha até minha casa. Meu faro de caçadora é bom. O meu timing, melhor ainda. Não deu outra: uma hora mais tarde, já estávamos todas lá em casa.

No início, achei que as três estavam me medindo. Não pareciam ser sapas com muita atitude. Nenhuma delas tinha perfil de "abelha rainha", todas eram meio "operárias", e sem liderança. Talvez nem fossem exatamente sapas. Tentei arregimentar todas elas numa mesma brincadeira, mas elas escorregaram. A única que se chegou foi a loira. A morena e a mulata ficaram distantes de nós duas, e pareciam ter um arranjo afetivo próprio. Eu deixei tudo rolar solto e tirei a roupa da loira. Me irritou um pouco a falta de asseio dela, por conta do cheiro intenso de xixi maturado na sua buceta. As outras duas tomaram o cuidado de se lavar antes de começarmos uma brincadeira entre elas. A loira não. Mas tudo bem, bati para ela uma siririca bem intensa para a "tipa", visando resultados imediatos. A seguir, arrastei a loira mijada para a minha Jacuzzi, pois estava morrendo de vontade de enfiar a cara naquela buceta. Obviamente, lavei bem as partes da moça antes de fazer a imersão. Ela se derreteu toda. Impressionante como era desleixada a moça. Buceta peluda demais, parecia um terreno baldio. Isso para não falar da virilha abandonada e das axilas mal aparadas. Não deixei por menos: fiz barba, cabelo e bigode nela. Deixei-a jeitosinha. Ela sentiu que rolava carinho da minha parte. Retribuiu com sua língua quente passeando por todo o meu corpo e entrando firme no me cu. Despertei uma demônia agradecida que vivia dentro dela. 
Quando saímos da Jacuzzi, nuas e enxutas, e chegamos na sala, vimos as outras duas, nuas na varanda, provavelmente tremendo de frio. Fomos até lá chamá-las para vir para dentro, e elas vieram meio relutantes, e não se juntaram a nós. Perguntei à loira o que estava acontecendo, e ela disse: "Não liga, não, parece que elas estão apaixonadas, andam estranhas comigo, me escantearam nas últimas vezes, soube que andam saíndo somente em dupla". Foi quando eu disse para a loira: "Vem comigo, vamos arrepiar". Cheguei já chupando os peitinhos da mulata e massageando a buceta da morena. A loira veio no meu vácuo, e começou a lamber o cu de uma delas enquanto enfiava o dedo no cu da outra. Tinha tudo para embalar e virar uma suruba. Mas não. As duas continuaram relutantes, meio esquivas. Foi quando me ocorreu propor a elas um drink. E peguei uma infalível garrafa de Mescal com um escaravelho dentro, que trouxe de uma viagem ao Mexico ano passado. As quatro beberam o primeiro cálice. Depois, renovamos o brinde a pretexto de não deixá-las pegar um resfriado depois de tanto tempo nuas na varanda. 

Quando já estavam todas doidonas de Mescal, convoquei a loira a retomar o ataque às outras duas. E finalmente deu certo. Atacamos as duas sem piedade, e as deixamos explodindo de tesão. A mulata era magra, mas tinha um bucetão magestoso, Enfiei um vibrador básico no cu dela enquanto chupava sua buceta até sentí-la gozar na minha boca. Gozo intenso, abundante, descontrolado. Passei-a para a loira dar o arremate final e ataquei impiedosamente a buceta e o cu da morena, que gritava feito uma desarvorada de tanto prazer. Enfiei na buceta dela um pintão de latex propositadamente torto, com massageador de clitoris incluído. Ela, já sem voz, olhava para mim como se estivesse tendo uma síncope. Depois de gozar algumas vezes, desabou no sofá da sala, com as pernas abertas e a bunda para cima. Entreguei-a nas mãos da loira, puxei a mulata para perto e finalmente conseguimos começar uma suruba a quatro.  E a sacanagem rolou solta até por volta da meia noite, sem parar, com aquelas funcionárias públicas meio apáticas a princípio se chupando sem parar e se esvaindo num gozo ruidoso e lindo de se ver.

Fui até a cozinha e servi uns salgadinhos para elas para repor as energias e engatar um segundo round, mas a mulata e a morena, sorrindo, disseram que precisavam ir embora, pois tinham que acordar cedo no dia seguinte, e inteiras. Mas saíram de casa felizes e satisfeitas. Deixaram seus telefones e disseram que querem repartir a dose numa outra ocasião. Sobrou lá em casa só a ex-loira mijada, agora uma loiraça exuberante. Das três, era a mais gostosa. Seu nome era Edilaine.
Saímos as duas pela madrugada, bêbadas de Mescal, atrás de cigarros -- os dela haviam acabado. Difícil achar o Dunhill vermelhinho que ela fuma no CPE, em frente à Igreja do Embaré. Tentamos o Restaurante Olímpia, mas já estava fechado. Propus a Edilaine irmos até alguma lanchonete no Centro, mas ela disse que tinha medo. Daí, o jeito foi seguir para São Vicente, pois o Quiosque da Cris com certeza estaria aberto. Estava. E estava quase vazio. Um casal (marido e mulher, que fique bem claro) estava tentando ser atendido, mas a garçonete bichinha insistia em dizer que a cozinha não estava mais funcionando. Dissemos para a bichinha que era muito cedo para fechar, que aquele lugar tem uma tradição notívaga que não estava sendo honrada, etc e tal, mas não adiantou. Se Cris estivesse por lá, o casal seria atendido. Como não estava...
Ficamos conversando com o casal inconformado. O nome dele era Clodoaldo, mas disse que seus amigos o chamavam Clodão. O nome dela era Morgana. Eram de Nhandeara, uma cidadezinha no interior de São Paulo, não muito longe de São José do Rio Preto. Tinham um sotaque caipira assustador. Eu, que sou de Minas e conheço muitos sotaques medonhos, afirmo categoricamente: o deles era um exagero. Mas eram um casal muito bonito. Ele, moreno, forte, tatuado. Ela loira, peituda, bunduda, coxuda, entre outros predicados. Estavam em São Vicente hospedados num apartamento que alugaram pela web e que estava imundo e completamente detonado. Estavam achando a cidade um horror. Propus aos dois que, para deixar uma boa imagem da nossa região, viessem até minha casa, pois teria o maior prazer em cozinhar alguma coisa para eles em plena madrugada.
Eles toparam. E vieram conosco. Preparei um fetuccini com molho branco, manjerona e bacon. Receita rápida, fácil de fazer -- até para mim, que sou uma péssima cozinheira. Pois eles adoraram. De sobremesa, servi taça de sorvete com Bis e licores. Foi quando Clodão bateu o olho na garrafa de Mescal com o escaravelho dentro e ficou espantado. Expliquei que trouxe a garrafa do México e que, poucas horas atrás, tinha servido Mescal para Edilaine e duas outras mulheres numa tentativa de dar algum gás a uma suruba meio desanimada entre nós duas e outras duas mulheres. O casal sorriu nesse momento. Disseram que Nhandeara, onde moram, é muito provinciana, mas conheciam uns casais em Monte Aprazível, Mirassol e Votuporanga que gostavam desses embalos em grupo, e que se encontravam nos finais de semana, sempre hospedados nos sítios ou fazendas de alguns desse grupo de amigos. Perguntei se eles gostavam dessa brincadeira. Ele olhou para ela e disse: "Gostávamos, mas cansamos, começou a rolar muita cocaína, e onde tem cocaína tem psicopatas". Disse, olhando para Edilaine: "Nós gostamos de surubas, e não gostamos de cocaína". Edilaine sorriu e me beijou. Arrancou minhas roupas e começou a chupar meus peitos alí na mesa mesmo, diante do casal, que parecia estar gostando bastante do que estava vendo. De repente, Morgana levantou da cadeira, arrancou as roupas de Edilaine e começou a chupá-la por trás, da nuca até o cu. Seguimos as três para minha cama king-size, onde, completamente nuas, engatamos uma segunda suruba naquela mesma noite. Morgana era gostosona, toda preparada, com silicone pelo corpo todo e parecia uma dançarina do Tchan, mas tinha lá os seus encantos. E Clodão assistia a tudo, com seu pau enorme nas mãos, batendo uma punheta suave enquanto nós três nos entrelaçávamos sobre o lençol. Num determinado momento, ele pediu para entrar na brincadeira. Morgana disse: "Não, quietinho aí". Ele obedeceu. E ficou nos observando enquanto nos divertíamos com a série de vibradores Os Vingadores que eu acabei de receber pelo Correio. Quase brigamos para ver quem iria vestir o Dildo Hulk, e em qual buceta ele iria sambar. No final, todas usamos, e todas encaramos. Mulherada intrépida...  
. Só depois de meia hora de muita putaria com os amiguinhos acima, mais as tesourinhas e um 69 triplo mortal, Morgana chamou Clodão para deitar na cama, puxou nós duas pelo braço e ofereceu o pinto de Clodão para nós chuparmos. Aceitamos de imediato. Edilaine batia com o pinto dele contra sua cara enquanto eu chupava seu saco e enfiava o dedo no cu dele, e Morgana esfregava sua buceta sentada no braço esquerdo musculoso dele. Quando ela finalmente enterrou o vibrador do Capitão América no cu do maridão, ele finalmente gozou -- e olha que ele segurou o quanto pode, quase 15 minutos --, nós duas ficamos encharcadas de tanta porra que voou nos nossos rostos. Espalhamos aquele líquido pela nossa pele e chamamos Morgana para lamber em nossos corpos o sêmen de seu maridão. Foi uma pândega. Culminou com Morgana arrastando Clodão para uma chuveirada reanimadora, enquanto Edilaine e eu assistíamos ao espetáculo quietinhas, da Jacuzzi, com nossas mãos entrelaçadas, alegrando nossas bucetinhas. Ver Morgana dando o cu para Clodão debaixo do chuveiro foi um tour de force para aquela noite memorável. Verdade seja dita: Clodão faz juz ao apelido no aumentativo. O caipirão pintudo não é fraco não.
Já eram 6 da manhã. Estávamos destruídos. Servi café com ciabatta com queijo e mamão papaya para as meninas e uma Caracu com ovo para Clodão (pedido dele). Nós, meninas, comemos em silêncio. Não sabíamos o que dizer uma para o outra. Ríamos vez ou outra. 

Deixei todos em suas casas depois do café, voltei, arrumei minha mala e segui para o Aeroporto de Guarulhos rumo ao tal Campo de Golf high-tech de Idaho, que está com todo o jeito de ser uma bela roubada. Tomara que esteja enganada. Cansada como estou, devo dormir antes mesmo do avião decolar de Cumbica e acordar na hora em que pousar em Los Angeles. 

Me ocorreu agora que se eu contar para Manuel, maluco por surubas como ele é, que promovi duas numa mesma noite aqui em casa -- e sem putas envolvidas --, ele se muda para cá e nunca mais vai querer ir embora daqui. Melhor ficar quieta. Sabedoria mineira.

Jurema Cartwright, 69, escreve 
semana sim, semana não, 
sobre suas aventuras amorosas 
e as delícias da baixa gastronomia 
em MANIA FEIA.





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